terça-feira, 17 de novembro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 19/11, das 19:30hs as 22:30hs, na Rua José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mensal - R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00
Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório - 92888800
Stella Bittencourt - 81319979

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 12/11, das 19:30hs às 22:30hs, na Rua José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mensal - R$ 188,00
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SOB O SIGNO DA RODA DE FOGO
Virgília Ribeiro Peixoto
"*... As civilizações modernas tentaram abolir os mitos, os símbolos e a imaginação em defesa da razão do racionalismo*, e com esta atitude o homem perdeu o caminho. Nesta profanação as imagens foram reprimidas no fundo do poço do inconsciente coletivo. O homem porém insatisfeito busca uma resposta e é, através da Astrologia e movimentos da bruxaria, xamânicos, religiosos, filosóficos, que os cultos dos deuses e o retorno do simbolismo reaparece.
O diálogo homem e sol é um dos belos espetáculos do nosso universo! Desde os mitos sobre o nascimento do sol, às lendas e imagens psíquicas, até os estudos científicos de Isac Newton e Einstein.
O simbolismo sobre o sol é vasto e se reveste de uma importância tal que, inúmeros documentos têm sido produzidos sobre o mesmo. O simbolismo do sol com o poder e a glória, está estritamente ligado aos grandes impérios de civilizações tropicais, relembremos aqui as figuras dos faraós do Egito, dos deuses astecas, dos Incas, da Índia, da Mesopotâmia, das regiões tropicais asiáticas. Há uma relação dos cultos solares com uma infinidade de manifestações simbólicas nas quais o sol é ser supremo e de cuja casa fazem parte os imperadores e famílias reais.
A solarização dos seres supremos, "na região indo-mediterrânica, foi observada, na substituição da figura suprema Uraniana (céu, firmamento) por um Deus atmosférico e fecundador, esposo muitas vezes ou simplesmente cólito, subordinado, da grande-mãe, telúrico-lunar-vegetal, e por vezes, pai dum "deus da vegetação".
Esta conjunção dos elementos solares e vegetais explica-se evidentemente pelo papel extraordinário do soberano, tanto no plano cósmico como no plano social, na acumulação e na distribuição da "vida".
É assim que as camadas arcaicas das culturas primitivas (ágrafas) denunciam já o movimento de transferência dos atributos do deus uraniano para a divindade solar. O arco-íris, tido em tantos lugares por uma epifania uraniana (celestial), acha-se associado ao sol e torna-se - para alguns - o irmão do sol.
Para os Pigmeus Semang, os Fugeanos e os Boschimanes, o Sol é o "olho" do deus supremo.
A solarização do ser supremo uraniano é também, um fenômeno bastante freqüente em África.
Os Kaffa chamam por Abo ao ser supremo, o que quer dizer ao mesmo tempo "*Pai*" e "*Sol*".
Na ilha de Timor, cultuam a descendência solar, alguns chefes intitulam-se "Filhos do Sol" e pretendem descender diretamente do deus solar.
Os Korkus da Índia, julgam-se saídos da união do Sol e da Lua.
Na Austrália, a identificação do homem com o Sol é através do cerimonial da iniciação. O candidato, que pinta a cabeça de vermelho, arranca os cabelos e a barba. Sofre uma "morte" simbólica e renasce no dia seguinte ao mesmo tempo que o sol. O sol torna-se assim o protótipo do "morto" que ressuscita cada manhã. Deriva desta valorização do Sol em deus "herói" que sem conhecer a morte (como a conhecia por exemplo a Lua), atravessa cada noite o império da morte e reaparece no dia seguinte, ele próprio eterno, eternamente igual a si mesmo.
Mas é na cultura egípcia que se percebe com grande intensidade a dominação do mito solar. Desde a época antiga o deus solar tinha absorvido diversas divindades, tais como Atum, Hóruns, e o escaravelho Khipri.
A partir da V dinastia o fenômeno generaliza-se: fundindo-se com o sol as figuras de* Chnuen - Rá, Min-Rá e Amor-Rá*.
O nascer do sol e o pôr do Sol no Egito na época dos faraós significavam: "O sol punha-se no campo das Oferendas ou Campo do Repouso para se levantar no dia seguinte no ponto oposto da abóboda celeste chamado Campo das Canas. Estas regiões recebiam atribuições funerárias e dependiam do deus Rá para guiar as almas dos faraós até o sol. A alma do faraó partia do Campo das Canas (Oriente) ao encontro do Sol na abóboda celeste, para chegar, guiada por ele, ao Campo das Oferendas, (vence o touro das Oferendas) e tem direito de se instalar no Céu".
Rá é o deus sol, deus funerário aristocrático.
No Egito o sol permanecerá sempre como salvador de uma classe privilegiada (a família do soberano).
Na Babilônia o culto solar permite que se reconheça nele vestígios de relações muito antigas com o além. Shamash é chamado o "Sol" de "Timmê" quer dizer dos Manes, diz-se dele que "faz viver um morto".
Na Grécia e na Itália, o Sol ocupou um lugar tão só de segundo plano. Em Roma, o culto solar foi introduzido em tempos do império através de influências orientais e se desenvolveu de forma exterior e artificial, graças ao culto dos Imperadores. O mito de Hélios revela não só as valências ctónicas e infernal. É também simbolizado com Titan, energia geradora. Também simboliza com as trevas: a feitiçaria e o inferno.
A polaridade luz - obscuridade, pôde pois ser apreendida como as duas fases alternantes de uma única realidade.
Na Índia o culto solar é também de um simbolismo ambivalente. Chamam-no de Sûrya e teve sempre um papel de segunda categoria, mesmo assim o Rig Veda consagrou-lhe dez hinos, chamam-lhe o olho do céu ou olho de Mitras e de Varuna. Ele vê ao longe, é "o espião" do mundo inteiro. O sol nasceu do olho do gigante cósmico, de modo que na morte, quando o corpo e a alma do homem entram no macrantropo cósmico, o seu olho volta para o sol. Ele é também Savitri, ele é imortal, e em certos textos ele confere imortalidade aos deuses e aos homens.
Savitri ou o Sol é ao mesmo tempo percebido sob os aspectos tenebrosos. Ora ele é "resplandecente" ora é "negro" (quer dizer invisível). Savitri traz tanto a noite como o dia, e ele próprio é um deus da noite.
Nos cerimoniais europeus, o lançamento de rodas em fogo por ocasião dos solstícios, assim como outros usos semelhantes, desempenha provavelmente também uma função mágica de restauração da energia solar ou das forças solares. Com efeito, nas regiões do Norte, a redução crescente dos dias à medida que se aproxima o solstício do Inverno, inspira o temor de que o sol possa desaparecer, se extinguir.
O medo e o temor do desaparecimento do sol, é um tema encontrado em culturas diferentes: - Carl Gustav Jung quando visitou o Novo México viveu a seguinte experiência:
"Estava sentado no terraço, em companhia de Ochwiay Biano enquanto o Sol se elevava, cada vez mais brilhante. Apontando-o, ele me disse: 'Então não é nosso Pai, aquele que se ergue no céu? Como negá-lo? Como poderia existir um outro Deus? Nada pode existir sem o Sol' Sua excitação, que já era visível, foi aumentando. Buscava palavras e por fim exclamou: 'O que pode fazer um homem sozinho nas montanhas? Sem Ele não pode nem ao menos acender o fogo que o aquece, ilumina e aquece seu alimento!' "
Perguntei-lhe se não pensava que o Sol era uma bola de fogo, formada por um deus invisível. Minha pergunta não suscitou espanto e muito menos desagrado. Simplesmente deixou-o indiferente. Tive a impressão de esbarrar num muro intransponível. A única resposta que obtive foi: "O Sol é Deus; todos podem ver isso!".
Ninguém pode se furtar à poderosa impressão que o Sol causa; no entanto, assistir a esses homens maduros, extremamente dignos, tomados de uma emoção irreprimível ao falar do Sol, foi para mim uma experiência nova, que me tocou profundamente.
Percebi, devido à sua agitação, que se referia a um elemento muito importante de sua religião. Então, perguntei-lhe: "*O senhor acredita que suas práticas religiosas sejam de proveito para todo o mundo?*" Ele respondeu com muita vivacidade: "*Naturalmente, se não o fizéssemos, o que seria do mundo?" E, com um gesto carregado de sentido, apontou o Sol*.
Senti que havíamos chegado a um ponto muito delicado, no tocante aos mistérios do clã. "*É preciso lembrar que somos um povo - disse - que permanece no teto do mundo; somos os filhos de nosso deus o Sol, e graças à nossa religião ajudamos diariamente nosso Pai a atravessar o céu. Agimos assim, não só por nós mesmos, mas pelo mundo inteiro. Se cessássemos nossas práticas religiosas, em dez anos o Sol não se ergueria mais. Haveria uma noite eterna*".
Compreendi, então, sobre o que repousava a "dignidade", a certeza serena do indivíduo isolado: era um filho do Sol, sua vida tinha um sentido cosmológico: não assistia ele a seu Pai - que conserva toda vida - em seu nascente e poente cotidianos? Se compararmos a isso nossa autojustificação, ou o sentido que a razão empresta à nossa vida, não podemos deixar de ficar impressionados com a nossa miséria. Precisamos sorrir, ainda que de puro ciúme, da ingenuidade dos índios e nos vangloriarmos de nossa inteligência, a fim de não descobrirmos o quanto nos empobrecemos e degeneramos. O saber não nos enriquece; pelo contrário, afasta-nos cada vez mais do mundo mítico, no qual, outrora, tínhamos direito da cidadania.
O índio Pueblo preserva o sol para toda a humanidade!!!
Nas concepções mágicas dos incas, o céu e a terra estão sempre estreitamente associados, suas influências se completam harmoniosamente. A* festa de Inte Raymi, apresentava, em associação com o culto prestado ao Deus Sol, com as características de uma festa da fecundidade.*

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 05/11, das 19:30hs às 22:30hs, na Rua José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009


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sábado, 17 de outubro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 22/10, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

An. 1 Simp. Internacional do Adolescente May. 2005

Notas sobre a transmissão geracional da predisposição à violência contra a mulher1


Anabel Sanchez
Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas. Unesp/FCL/CAr. Departamento de Sociologia


Introdução
As ciências humanas ganharam, a partir da década de 70, um novo impulso teórico com o surgimento do movimento feminista. Ele aparece, em um primeiro momento, como um movimento de reivindicação de direitos de igualdade entre os sexos. Logo, por vocação, deixa claro que sua vocação é a de contestação ao patriarcado. Potencializou o questionamento e o estudo da construção social das relações de gênero e da ideologia que contribui para o estabelecimento de normas e padrões de condutas.
Se falarmos em "construção social", é porque estamos certos dos indícios sobre a historicidade do fenômeno, tanto quanto da participação dos agentes sociais em sua sustentação. Já há algum tempo que cientistas trabalham com a hipótese de que o modelo de sociedade ao qual estamos "acostumados" possui contra-exemplos.
Baseada em resultados de pesquisas paleontológicas e arqueológicas, Lerner sugere que, nas sociedades de caça e coleta, embora as mulheres não fossem detentoras de mais poder que os homens, eram consideradas seres poderosos, fortes, verdadeiros seres mágicos, em virtude da sua capacidade de conceber e dar à luz. Nos primórdios da divisão social do trabalho, a distribuição de tarefas específicas entre os sexos começa a criar as condições para a inversão desse quadro. Ao homem, cabia a responsabilidade de caça, e à mulher, a coleta. Como a caça não proporcionava sempre uma boa recompensa, como a coleta permitia às mulheres voltarem para sua comunidade com raízes, folhas e frutos, sobrava aos homens tempo livre, imprescindível e aproveitável para a criação de sistemas simbólicos com eficácia, inclusive, de produção de poderes relativos a uma supremacia sua frente ao sexo feminino (Lerner, 1986).
A produção dos seres humanos - biológica e social, passa, com o tempo, a dar-se em situação de excedente de produção econômica. Parte do conhecimento da participação masculina volta-se, inclusive no terreno simbólico, para a implementação de um regime de dominação-exploração das mulheres. Segundo Lerner, este processo foi extremamente lento devido à resistência das mulheres. Teria começado por volta de 3100 a.C., tendo se consolidado no ano 600 a. C. A partir de então, o patriarcado mantém-se como um traço de sustentação da subalternidade feminina por quase 250 mil anos (Lerner 1986).
A ideologia patriarcal possibilitou de tal maneira a interiorização da construção social do masculino e do feminino, que tornou natural a dominação-exploração (Saffioti, 2004). Como já adiantamos, só com o movimento feminista vemos lançadas as bases que irão, lentamente, desconstruir o sistema simbólico que sustenta a sociedade contemporânea, questionando a naturalização do papel da mulher e seu direito à cidadania. Contudo, esta desconstrução não é tão simples, já que até "as discussões feministas tendem a permanecer dentro dos debates patriarcais sobre o patriarcado" (idem).
É indiscutível a necessidade de caracterizar a construção social das relações de gênero no país. Os limites deste trabalho não possibilitam senão anunciar alguns de seus traços. Assim, Eros de Souza sugere que, aqui, os portugueses conquistaram terras e mulheres à força. Os homens portugueses mantiveram relações sexuais com as africanas e estabeleceram para elas dois papéis sociais: trabalhadoras e objetos sexuais. Quando as mulheres brancas aqui chegaram, lhes foi destinada a permanência na vivência do arquétipo de Maria - assexuadas, suas vidas restritas suas vidas deveriam manter-se nos limites da casa ou da igreja. Foram desenhadas como fracas, submissas, passivas e sem poder na área pública. (Souza, ) O folclorista brasileiro Alexandre José de Melo Moraes Filho ecoava o sentimento do modelo de Maria: "ser mãe, mulher e virgem - este é o objetivo da mulher, nada mais" (Hahner, 1990). Difícil deixar de dizer que este ainda é o ponto de vista social, cultural e legal que vigora na cultura brasileira. Todo o poder ao homem, sobretudo branco, não só contra a mulher, mas contra crianças, idosos, negros e índios.
Até 1995, os crimes cometidos contra a mulher eram julgados pelo código penal. Naquele ano entrou em vigor a Lei 9.099 que enquadrou a violência doméstica nos tipos penais passíveis de punição com até um ano de detenção (Saffioti, 2004 p. 63). Ainda que possa ser contada como um instrumento a mais na luta contra as agressões masculinas, seus efeitos não podem ser superestimados. Em primeiro lugar por que, que muitas vezes, a mulher se esquiva da denúncia. Em segundo lugar, por que a impunidade ainda persiste em larga escala. Depois, mesmo quando punido, o máximo que acontece ao homem é doação de uma cesta básica. Segundo a advogada, pesquisadora e consultora em gênero e direitos humanos, Valéria Pandjiarian, a lei permanece propensa a críticas
2. Para Pandjiarian, há uma desconsideração da especificidade da violência doméstica. O termo "delito de menor gravidade" no âmbito doméstico e/ou intrafamiliar, tem o perigo de levar a uma idéia de banalização da violência doméstica. Para ela, parte dos casos abrangidos por essa lei são o de violência doméstica, e outra parte são os casos de acidente de trânsito. Dar o mesmo tratamento jurídico a um delito praticado por um estranho e àquele praticado por alguém de convivência da vítima, como é o caso de maridos e companheiros, significa sobremaneira banalizar a violência doméstica. No Brasil, ainda não há uma lei que assegure os direitos das mulheres, imperando a ordem masculina, tanto nos meios legais, quanto nos sociais, tornando a relação dominação-exploração, como algo cheio de significação negativa para a mulher.

O Conceito de Gênero
Se é verdade que a mulher, dentro do contexto social brasileiro, é vítima da violência de gênero, cabe aqui identificar os mecanismos sociais que proporcionam essa situação. O gênero é "um primeiro modo de dar significado às relações de poder" (Scott, 1990). Por conseguinte, permea as instâncias do simbólico, das normas de interpretação do significado dos diferentes símbolos, da política institucional, da política lato sensu e da identidade masculina ou feminina ao nível da subjetividade (Scott, 1990). Desta sorte, embora o gênero não se consubstancie em um ser específico por ser relacional, atravessa e constrói a identidade do homem e da mulher. Para Saffiotti (1994), a violência de gênero é um conceito mais amplo que o de violência contra a mulher, abrange não apenas as mulheres, mas também crianças e adolescentes objetos da violência masculina que, no Brasil, é constitutiva das relações de gênero. A violência de gênero, produz-se e reproduz-se nas relações de poder onde se entrelaçam as categorias de gênero, classe, raça/etnia. Expressa uma forma particular da violência global mediatizada pela ordem patriarcal que dá aos homens o direito de dominar e controlar suas mulheres, podendo para isso usar a violência. Scott (1994, 1995) recorre a noção de poder de Foucault (1981) como um poder não localizado nem instituído de forma fixa e absoluta, mas um poder in fluxo, que se organiza segundo o campo de forças. Desta forma, a mulher também é detentora de poder e se o poder se articula segundo o "campo de forças", e se homens e mulheres detêm parcelas de poder, embora de forma desigual, cada um lança mão de estratégias de poder, dominação e submissão. É verdade que a sociedade tolera o uso da violência masculina contra a mulher, mas não se pode dizer que ela é um comportamento próprio e restrito ao universo masculino
3.
Se, portanto, a relação de gênero produz-se e reproduz-se nas relações de poder onde se entrelaçam as categorias de gênero, classe, raça/etnia, e se a sociedade na qual estamos inseridos segue a ideologia patriarcal, podemos dizer que as instituições sociais são regidas e comandadas pela lógica desta ideologia. Souza (2004 p.70-71), nos propõe uma leitura sobre o processo de construção do conhecimento de gênero. Pensar o gênero então como conhecimento construído na interação significa romper com a idéia de naturalização desse conceito. Os modelos seguidos por crianças, adolescentes e adultos não são naturais, nem inerentes a constituição biológica do homem e da mulher. Souza nos diz que, o cotidiano se insere na explicação dessa construção social e nele o gênero se forma. O seu conhecimento é construído pelas crianças a partir das experiências nas relações sociais ou no decorrer do processo de socialização (Souza, 2004 p.70-71). Desta forma a criança assimilaria do meio ao qual esta inserida a construção da realidade, que seria um processo de subjetivação da realidade objetiva. A socialização primária seria a fonte alimentadora inicial desta construção. Deste modo, o gênero (re) cria para a criança o lugar social que esta deve ocupar na sociedade a qual pertence segundo a ordem patriarcal que sua cultura determina.
Esta construção da realidade, acompanharia o indivíduo para o resto de sua vida, e seria recriado por se tratar de um processo de subjetivação. Homens e mulheres assumiriam seus papéis sociais de gênero, sem contudo terem conhecimento do fato. O gênero se tornou algo tão intrínseco ao comportamento humano, que é considerado normal ( e até mesmo permitido) a homens serem fortes, violentadores e a mulheres serem fracas, violentadas; as crianças e adolescentes serem vítimas de agressões físicas perpetradas por seus pais. Esta lógica esta na ordem "natural" das coisas: mulheres, negros, crianças e idosos encontram-se na base da hierarquia social
4, e devem portanto, obediência aqueles que estão acima.
A família aparece nas ciências humanas, como um dos mecanismos modernos utilizados para a reprodução da ideologia patriarcal entre seus membros. Segundo Bruschini (2000, p.52 ), a constituição do modelo familiar ao qual estamos acostumados, teve início por volta do século XVII, com a ascensão da burguesia. As famílias passariam a se isolar cada vez mais no interior das casas e a responsabilidade da educação das crianças ficaria toda sob a responsabilidade dos pais. A mulher então passaria a desempenhar papéis sociais de natureza "expressiva", voltados principalmente para os assuntos internos da família. Caberia à mulher ser esposa, dona-de-casa e sobretudo mãe (Bruschini, 2000 p.55). Isto reforça dois aspectos: primeiro, a família, de modelo patriarcal, se torna a responsável pela educação das crianças, que até então, eram vistas como seres adultos;
5 em segundo, porque o papel social da mulher é reforçado com a responsabilidade da educação da criança, retirando do pai este papel. Uma boa mãe deve cuidar de sua casa e de seus filhos, enquanto o homem deve sair de casa para o sustento da família. Embora hoje a mulher tenha conquistado um pequeno espaço no mercado de trabalho6, ainda é de sua total responsabilidade a educação dos filhos, e se houver alguma falha, esta é da mãe7.
Antes mesmo da escola, é no próprio lar que a criança começa a manter os primeiros contatos com o mundo exterior e onde esta construção da realidade se inicia. Os pais são seu ponto de referência, e são eles que lhes irão transmitir a primeira impressão do mundo ao qual estão inseridos. Na criança essa construção acontece durante as atividades de imitação, e os primeiros a serem imitados são os próprios pais (Souza, 2004 p. 71). Não que pais violentos gerem filhos violentos, ou que pais inteligentes gerem filhos inteligentes, e assim por diante. O que sugerimos é que os comportamentos sociais apreendidos por crianças são orientados pela inserção do sujeito em relações cujo modelo a ser assimilado é resignificado elaborando modelos organizadores do pensamento que podem ser orientadoras dos comportamentos das pessoas. Assim, as representações construídas dessa realidade orientam nossos julgamentos e pautas de conduta (Souza, 2004 p.71). Estes por sua vez, orientarão comportamentos para o resto da vidas, ditarão condutas sociais a serem seguidas e pautadas com modelos.

Violência de Gênero: Produção e Reprodução
A cultura oferece assim os limites para a construção de gênero. Ela constrói discursos específicos de masculinidade - ideologias masculinas. Elas estão nas falas cotidianas, nas mídias, na música, na literatura e na lei (Foucault, 1978). No caso do Brasil, em particular, o que se observa é que os papéis de gênero condizem com uma cultura machista - muitos a descrevem como indiferença à família, distanciamento dos filhos, resistência às adversidades, assédio sexual, disposição a beber muito, agressividade contra outros homens e dominação em relação às mulheres - e o modelo de Maria - a mulher mártir que se auto-sacrifica, que é submissa aos homens e que é uma boa mãe e esposa (Eros DeSouza) A relação de gênero reforçada pela cultura do machismo, dita as regras para a sociedade. Socialmente construído, o gênero corporifica a sexualidade (não o inverso), que é exercida como uma forma de poder e que, assim como raça/etnia e classe social, é instituinte das relações sociais, já que regulam as relações homem-mulher, homem-homem, e mulher-mulher (Saffioti ).
Segundo o modelo de Maria, a mulher não foi feita para trabalhar e ter uma independência econômica em relação ao homem. Do ponto de vista da cultura machista , a personalidade ideal da mãe opõe-se vigorosamente à personalidade ideal da prostituta. Quando falamos que os padrões sociais são aprendidos pela criança dentro de seus próprios lares, em sua família, dizemos que a construção da realidade social da criança durante o processo de subjetivação, é de certa forma permeada pela maneira de pensar o mundo de seus pais. Como o gênero se tornou intrínseco ao pensamento social, definindo os papéis sociais de homens e mulheres, podemos dizer que os pais transmitem para os filhos os comportamentos sociais concomitantes com a ideologia do patriarcado, ou seja, com a dominação-exploração.
Ciro Marcondes Filho, sugere uma cultura da violência, à medida que a cultura, como habitus
8, incorpora as práticas de violência. O que tornaria cada uma dessas formas cultura é o fato de realizarem a dupla definição de Rousseau9, de serem algo consciente ou inconscientemente cultivado dentro de uma certa comunidade (real ou difusa), e as pessoas serem "educadas" segundo esse procedimento (Marcondes Filho). Seria certo, então, afirmamos que existe uma cultura da violência de gênero, perpetrada contra as mulheres em sua essência, e que faz parte do processo educacional, seja ele escolar ou não.
Trata-se, desde o início, de "ensinar" às mulheres a serem fortes, donas de casa, mães e mulheres, capazes de aturarem seus maridos, pais ou amantes violentos, pois assim deve ser. Como nos disse Souza, a reprodução da ideologia de gênero leva à perpetuação de práticas de violência baseada na crença da desigualdade entre homens e mulheres (2004, p. 78 ). Desigualdade que afirma a relação de dominação do homem sobre a mulher e sua superioridade em relação a ela (Souza, 2004). E que explica as diferenças sociais internas às classes. Senão, como explicar as diferenças nos indicadores de empregabilidade e o grau de instrução baixo que são oferecidos às mulheres, em comparação aos homens
10.
Associados à violência de gênero, encontramos outros dois "tipos" de violência: a violência familiar, e/ou intrafamiliar e a violência doméstica. Para Saffioti (2004, p.71), a violência familiar pode ocorrer no interior do domicílio, ou fora dele, embora seja mais freqüente o primeiro caso. A violência intrafamiliar, extrapola os limites do domicílio
11. A violência doméstica apresenta pontos de sobreposição com a familiar12. A violência doméstica é portanto masculina, mesmo que perpetrada pela mulher, que é exercida por delegação do chefe familiar. Dentro desta lógica as crianças seriam os indivíduos em que se perpetuaria toda a sorte de violência exatamente por estarem abaixo da hierarquia social de gênero, se assim podemos dizer: de gênero, contra a mulher, doméstica, familiar e intrafamiliar, de pais contra filhos, do poder público, etc. É a chamada síndrome do pequeno poder, no qual o adulto possuidor de pequenas parcelas de poder vitimiza a criança que tem menos poder que ele. E mais: por trás deste conjunto de "violências", é para as crianças que a ideologia patriarcal irá arquitetar a construção da realidade e o papel social que cada um deve desempenhar dentro desta lógica de dominação-exploração, mostrando-lhes a maneira como devem reagir frente as situações sociais que lhe serão impostas durante a vida, já na adolescência ou na fase adulta.
A partir dessas classificações, Azevedo e Guerra (1997) classificam a violência doméstica ou intrafamiliar como vitimização e descrevem sua manifestação em três tipos básicos: abuso vitimização-física (incluem aí a negligência), psicológica e sexual. A violência psicológica é, pois, a classe de violência que acontece mais freqüentemente, estando muito presente na vida das mulheres e das crianças (incluindo o menino). Muitas vezes, este tipo de violência, acompanha os outros dois. Marcondes Filho, afirma que uma violência só se realiza quando repercute psicologicamente no campo do arbítrio, provocando mal-estar que pode ser transformado em atitude reativa, em contenção angustiada ou neurótica ou resignação
13. Ou seja, palavras e ações podem doer muito mais do que um tapa. Assim sendo, a violência psicológica se torna a mais difícil de detectar, sendo contudo, a que mais perdurará com o indivíduo, e que irá determinar em muito, a maneira como este irá lidar com o mundo circundante (a violência física e sexual pode deixar marcas, a psicológica não deixa, e por isso é a mais difícil de se visualizar).
Araújo, ao realizar um trabalho sobre o abuso sexual contra crianças, nos diz que mulheres que sofreram abuso sexual na infância, tornam-se mais vulneráveis para estabelecer relações com homens abusivos e, consequentemente, mostram-se menos capazes de proteger suas próprias filhas do abuso sexual. A repetição do abuso sexual com suas filhas é estatisticamente significativa (Fuks, 1998; Hirigoyen, 2000; Soares, 1999). Essa repetição se observa também na história de vida de homens abusadores (Miller, 1994; Islas, 2000; Kaufman Jr., 1994 e Gramm, 1997), muito freqüentemente eles foram vítimas de abuso na infância. Ela nos coloca que, apesar da incidência da repetição ser um fator muito presente na história de vida de homens e mulheres que sofreram abuso sexual na infância, não há um determinismo linear envolvendo esses fatos. São muitos os processos de subjetivação produzidos no percurso de elaboração dessas experiências. (Araújo, Violência e Abuso Sexual na Família).
Partindo desse pressuposto, a violência deixa marcas que podem ou não se repetir na vida do indivíduo, e, embora cada um possa interiorizá-la de forma diferenciada, não podemos deixar de observar que um tipo de violência específico não deixa de se reproduzir, não se interrompe: a violência de gênero. Alguns autores nos colocam que não há uma comprovação teórica de que um indivíduo que vive num ambiente de tensão venha a reproduzir a violência em sua maneira de conduzir a vida. Se acreditarmos porém que não há um processo de interiorização que assegure a reprodução da violência, poderíamos dizer então que a violência de gênero estaria próxima de sua extinção, ou nunca haveria existido, pois ela não se reproduziria mais, até a sua total extinção. Porém, observamos que não é isto o que ocorre, e que muitas vezes, não se reproduz a violência a qual poderemos chamar de visível (como agressões, a sexual), mas se reproduz muitas vezes a psicológica e a social. Esta encontra força dentro do lar, entre meninos e meninas ainda, e orienta a vida da mulher e do homem para o resto de suas vidas.
No caso das crianças, a mãe ainda é o exemplo a ser seguido. Para a menina, a vida deve se orientar a partir do que a mãe é: mãe, dona-de-casa e mulher e é ela quem ajuda a mãe nos afazeres domésticos, que brinca de casinha e de boneca, que tem que tirar boas notas no colégio, que tem que ser amiga, fiel, comportada; ao menino, cabe seguir o modelo do pai, que pode estar ausente de sua educação, mas que se torna presente nos próprios discursos da mãe: ele deve brincar de bola, carrinho ou pipa, ele deve gostar de futebol, basquete, e não de dança ou de cozinhar, ele até deve tirar boas notas na escola, mas é compreensível que ele seja um mal aluno, na hora da faxina, ele sai com o pai para dar uma volta porque ele atrapalha, é ele que deve ser viril, que não pode chorar, que tem que "comer"as menininhas por aí, que deve iniciar a sexualidade cedo (muito cedo), e por aí vai. Como a realidade objetiva é apreendida no processo de subjetivação, tais situações dizem para meninos e meninas que o homem deve seguir o homem, e a mulher seguir a mulher. Por isso, a mãe pode transmitir para sua filha e para seu filho também, o papel que ambos devem desempenhar na sociedade, e isto se relaciona também com o que entendemos por exploração e dominação, e dentro da exploração e dominação, a violência domestica, familiar e intrafamliar.


1 Apresentado originalmente no Iº Simpósio Internacional do Adolescente - Adolescência hoje: desafio, práticas e políticas, no dia 04 de maio de 2005, na Mesa Livre Experiências em situações de violência e projetos de vida, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. É parte de uma pesquisa em andamento sobre a transmissão geracional da violência. Agradeço ao Professor José dos Reis Santos Filho pelas discussões mantidas em torno do texto. 2 Quando da sua elaboração, a lei 9099/95, foi criada com o objetivo maior de desafogar os sistemas carcerário e judiciário, à época, e ainda hoje sobrecarregados com uma demanda muito superior às suas possibilidades de atendimento. Para tanto, optou-se privilegiar a utilização de um procedimento simples e célere e a aplicação de penas com caráter mais social e menos punitivo (penas alternativas)3 ... A lei estabelece, ainda a possibilidade de ser adotado, para determinados crimes, um procedimento muito importante, que afeta diretamente os casos de violência doméstica. Trata-se da suspensão condicional do processo3. Nos crimes em que a pena mínima prevista em lei for igual ou inferior a um ano, o Ministério Público ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo3, por dois a quatro anos (chamado o período de prova), desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal)" (Pandjiarian, ) 3 As mulheres também fazem uso da violência, em parcela bem menor. Porém, ao ocuparem o lugar de poder e dominação, algumas mulheres reproduzem comportamentos e relações abusivas muito semelhantes aos dos homens. (Araujo, 2004 p. 49-50). Ao justificarem a agressão praticada contra seus companheiros, a grande maioria das mulheres queixa-se de terem sofrido violência por parte do companheiro4. 4 As pessoas mais poderosas são aquelas situadas no topo, homens brancos, ricos e adultos; em segundo e terceiro lugares vem os homens negros e adultos, ou mulheres brancas, economicamente remediadas e adultas; em quarto lugar vem as mulheres negras, pobres, geralmente e adultas; em quinto vem os menores de idade que devem obedecer os adultos. Dentre estes há ainda uma outra hierarquia: os meninos dominam as meninas (Saffioti, 1997) 5 Renato Janine Ribeiro afirma que não existe um objeto dado, naturalmente chamado "a criança", mas a produção desta como efeito de relações históricas e sociais. Dessa forma, não poderíamos falar de uma descoberta da "Infância", mas de uma invenção dela, da emergência de instituições de leis e de saberes que a constituem, a cercam e a tomam como objeto de conhecimento e intervenção, ao mesmo tempo em que a produzem enquanto uma maneira específica de subjetividade (uma subjetividade infantilizada, frágil e tutelada por especialistas. (1997, p. 101) 6 A mulher conseguiu espaço de trabalho, mas não igualdade de direitos. Segundo a Fundação Estadual de Sistemas de Análises de Dados (SP), apenas 1.5% das famílias chefiadas por mulheres, tem uma posição semelhante economicamente, e não igual, ao das famílias chefiadas por homens brancos. 7 Atendemos um caso em nossa entidade, de uma mãe depressiva, pelo fato do filho ser um delinqüente: era a segunda vez que era preso por assalto a mão armada. Seu marido, a culpabilizou pelo fato da separação do casal e a guarda ter ficado com a mãe. Porém, ao fazer um levantamento da história de vida desta mulher, ela havia sido vítima de violência doméstica, e optara por não mais conviver com o marido violento. Antes mesmo da separação, o menino já estava envolvido com o consumo de drogas. 8 Pierre Bourdieu distingue o habitus do campo social e do capital simbólico. No primeiro se constitui a cultura do indivíduo, formada pela escola e pelo campo social em que vive: lá se constituem os gostos e os diferentes estilos de vida. No campo social identifica-se a presença de "mercados" e diferentes formas de "capital", como o econômico, o corporal, cultural, o escolar, o social, o simbólico. É dentro do capital simbólico que as relações arbitrárias se tornam relações legitimadas. 9 "Dá-se uma forma às plantas pela cultura, aos homens pela educação" (Rousseau, 1999). 10 O Grau de violência sofrido pelas mulheres, também está relacionado à sua cor. Assim, haveria uma espécie de "hierarquia da violência", onde a que menos sofreria seria a mulher branca, seguida pela mulher negra e em seguida, pela menina branca e por último a menina negra (Kupstas, p.43). 11 Um avô, cujo domicílio é separado de seu(sua) neto(a), pode cometer violência em nome da sagrada família, contra este(a) pequeno(a) parente(a). 12 A violência doméstica atinge também pessoas que, não pertencendo à família, vivem parcial ou integralmente no domicílio do agressor, como é o caso de agregados(as) e empregados(das) domésticos. Estabelecido o domínio de um território, o chefe, via de regra um homem, passa a reinar quase incondicionalmente sobre seus demais ocupantes. O processo de territorialização do domínio não é puramente geográfico, mas também simbólico (Saffioti, 1997 a) 13 A psicanálise clássica não dá nenhuma atenção especial ao fenômeno da violência. O mais próximo que existe é a agressividade, que é naturalmente algo muito distinto da violência: "Tendência ou conjunto de tendências que se atualizam em comportamentos reais ou fantasmáticos, estes visando prejudicar alguém, destruí-lo, constrangê-lo, humilhá-lo, etc." (Laplanche e Pontalis, 1983, p. 37). Porém, enquanto a agressividade é um dado da espécie, associado à natureza, a violência é tida como um fato cultural, : ela é tanto mais chocante quando mais agride valores morais e éticos sancionados na cultura. Aliás, é nisso que reside sua lógica: violento é o que se impõe impunemente tirando a possibilidade de contra-reagir.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 15/10, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979
O Sagrado Feminino é a consciência que a mulher tem de que ela é um ser completo. Sem que percebam, muitas mulheres acabam "esticando", além do sentido verdadeiro da amizade e do amor, as suas relações com os seus namorados, com os seus maridos e amigos, e esse movimento do "esticar" traz no seu bojo a necessidade que o homem tem pela energia do feminino. Essa sutil energia de dependência do homem pela energia do feminino desencadeia na mulher, sem que ela perceba, outro tipo de dependência: sentir-se mãe do homem...
Nós, mulheres, trazemos a energia da criação, da intuição, da revelação do que está imerso e obscuro, trazemos a energia da transmutação que se manifesta em nosso próprio organismo através do ciclo menstrual. Quando menstrua, a mulher está preparando seu organismo para que nele possa ser gerada a vida. Assim é também a Mãe Terra que, por uma questão de sobrevivência, utiliza-se de sua própria inteligência para que nela seja gerada a vida. Por isso ocorrem os tremores de terra, as movimentações das placas tectônicas, pois para que a harmonia no interior da terra seja reestabelecida, é preciso que essa grande Mãe gere essa força.
A energia do feminino, presente na mulher e na Natureza, é geradora! É criadora! E tudo isso é bem diferente de ser mãe do homem. Essa dependência faz com que ela não abandone seu "filho" homem; a faz sentir-se responsável por ele. Culpada!
Uma energia que aos poucos vai minando a força do feminino, pois essa deixa de existir para dar lugar à outra energia: de dependência e medo!Essa sutil relação de dependência cria laços fortes entre as partes e é muito presente nos relacionamentos entre homem e mulher, contribuindo para que seja minado o poder do feminino, nos levando ao afastamento do nosso próprio caminho.E então, nos fragmentamos...
Substituímos parte da nossa natureza pelas necessidades alheias, enfraquecendo a nossa energia: o sagrado feminino... Que é a nossa totalidade. Que é a nossa completude... Nosso poder criativo e gerador...Enfraquecidas, não nos percebemos e buscamos fora de nós - na maioria das vezes, buscamos no homem aquilo que é inerente à mulher.Para que tenhamos de volta o que nos foi retirado, basta re-criarmos. Como faz a grande Mãe ao gerar a sua própria energia para seu renascer constante. Durante anos, estamos alimentando esse ciclo, confundindo o sentido da "necessidade" com o sentido do "prazer". Não necessitamos do homem para viver. Somos completas! Somos a força criadora, somos nós quem "gestamos" a vida. Sentimos prazer por estar com um homem. É diferente de necessitarmos dele!Ao doarmos aquilo que nos pertence, ficamos sem - São muitas, quase todas, as mulheres que sentem um vazio enorme dentro do seu próprio interior, e então associam esse vazio ao preenchimento de uma força masculina. Uma situação típica nossa, não é mesmo? Mas esse vazio que sentimos dentro de nós é a carência do nosso próprio amor, que muitos homens levaram. Eles precisaram e, por nos sentirmos "mãe", nós doamos. E nada tivemos em troca. Porque a energia do masculino mais recebe. Pouco doa. É da sua natureza. Não se trata aqui de energias positivas e negativas, ou boas e ruins. Trata-se de conhecer a natureza de cada uma dessas energias das quais somos feitos: o Universo, e nós, seres humanos! A doação é uma manifestação do feminino. A Terra, na sua benevolência, doa seus frutos aos seus filhos. Mas, para cada doação, há um ciclo de energias que alimenta a terra e a auxilia para que seja pleno o seu próximo plantio. São as estações! Cada qual nos presenteia com um tipo de mineral, todos importantes para nosso crescimento, para a nossa saúde.
Ao doarmos aquilo que nos pertence, agindo por uma carência do outro, sem que seja aquela a estação propícia para a doação, ficamos sem. Nosso amor vai se extinguindo de dentro de nós. E, sem que percebemos, adoecemos! Nos tornamos solitárias. Nos sentimos mãe, e não, mulher! Nos afastamos do nosso sagrado feminino, que é o nosso poder pessoal. Nos afastamos de quem somos, essencialmente. E por isso mesmo nos sentimos fracas, carentes. Permanecemos, há tempos, presas a um tipo de furto que é tão imperceptível, tão sutil, que até colaboramos para que ele aconteça. Colaboramos para que levem aquilo que nos pertence: a energia do nosso sagrado feminino!
É importante que cada uma diga para si mesma: "Eu sou uma mulher completa! Eu não necessito do homem para ser feliz!"A mulher é intuitiva. É receptiva, como a semente que germina na terra. Somos bruxas, é verdade, mas não somos manipuladoras. Nossa natureza é mágica, porém não oportunista. Vemos e ouvimos e sentimos além do que os homens podem fazer. Por nossa natureza generosa atraímos, no bom sentido, a energia do homem, carente desses atributos. Porém, há de se ter mais atenção às palavras proferidas quando falamos de nós mesmas, atenção também aos nossos atos. Enorme a quantidade de mulheres que manipulam os homens e os homens da família.A mulher deve olhar para dentro de si. Buscar utilizar o seu enorme dom para construir. E não para manipular! Mães que manipulam seus filhos para conseguirem algo. Esposas que dão um "jeitinho" para driblar seus maridos. A quem pensam que estão enganando? Seus filhos, seus espelhos, recebem informações estranhas quanto à verdadeira natureza dessa energia que é o feminino, e que também é presente neles. É uma cadeia de falsos conceitos e de falsos valores que se perpetua há tempos, passada de geração para geração.A responsabilidade com nossa força, com nossa energia é tão valiosa quanto a responsabilidade que temos com a vida do planeta onde vivemos.
Estar com o homem é um prazer, e não uma necessidade.Hoje em dia, os homens, com seus discursos "feministas" são os nossos melhores professores. Pois eles são o espelho do equívoco criado a respeito do verdadeiro sentido do sagrado feminino. Refletem o estereótipo que a mulher criou a respeito de si mesma. Não bastasse eles se apropriarem desse falso conceito criado pela mulher, apresentam-se como nossos melhores e maiores aliados sendo que muitos, até mesmo falam do sagrado feminino sem que sequer tenham ou busquem dentro de si a compreensão da energia masculina, inerente à sua natureza. Como querem nos ensinar sobre o sagrado feminino, algo que é inerente à natureza da mulher?
É importante que estejamos atentas a esses homens que, além de falarem sobre o nosso sagrado feminino, se sentem apropriados a nos ensinarem sobre quem somos nós, mulheres! É importante atentar a esse fato pelo simples motivo deles refletirem, nada mais nada menos do que a máscara que a mulher criou para ela. É fundamental que possamos nos ver, para que possamos escolher outro caminho, outra forma de nos buscar e trazer para o nosso íntimo o verdadeiro sagrado feminino!
Thais Marzagão

sábado, 3 de outubro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 08/10, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

OS ANCESTRAIS E AS DIFERENTES INTELIGÊNCIAS

De acordo com os ancestrais de diferentes partes de nosso mundo, nosso corpo sente e pensa. Por exemplo, no caso dos ancestrais das tribos australianas, quando uma pessoa se fere ou adoece, a tribo se reúne ao redor do enfermo e canta pedindo perdão à ferida ou parte afetada. E esta começa automaticamente a dar sinais de melhora e ocorrem curas milagrosas.O mesmo ocorre nas assombrosas curas dos kahunas ou médicos magos havaianos. Eles entram em oração direta com a parte afetada pedindo-lhe perdão. Esse ato de oração envolve os magos, o paciente e todas as vidas durante as quais eles possam ter se encontrado e se envolvido com essa pessoa. E também ocorrem curas consideradas milagrosas.No conhecimento ancestral Inca, tudo é reciprocidade, quando alguém adoece ou se enche de energia pesada ou “hucha”, por ter atitudes egoístas, não deixando fluir o “sami” ou energia leve. Por isso nas curas se pede para aquela parte do corpo se harmonizar com ‘pachamama’ permitindo que o bloqueio se reequilibre.E a pessoa se cura.No caso dos Lakotas, na América do Norte, eles falam com o corpo para informar-lhe que existe uma medicina que vai curá-lo. E logicamente as pessoas se curam.Como vemos, examinando alguns casos de medicina ancestral, chegamos a uma interessante conclusão: os ancestrais aceitavam as partes de nosso corpo como um ser completamente inteligente e autônomo do cérebro. Isso durante os últimos séculos passou a ser considerado como fraude ou superstição. Mas vejamos agora as descobertas mais recentes da ciência. Você vai ficar estupefata (o).A sabedoria do corpo é um bom ponto de acesso às dimensões ocultas da vida: é totalmente invisível, mas inegável. Os investigadores médicos começaram a aceitar este fato em meados dos anos oitenta. Anteriormente se considerava que a capacidade da inteligência era exclusiva do cérebro. Então foram descobertos indícios de inteligência no sistema imune e, logo a seguir, no digestivo.A INTELIGÊNCIA DO SISTEMA IMUNEA Dra. Bert descobriu (e logo outros cientistas confirmaram), que existem tipos de receptores inteligentes não só nas células cerebrais, mas em todas as células, de todas partes do corpo (chamaram inicialmente de neuropeptídios). Quando começaram a observar as células do sistema imunológico, por exemplo, as que protegem contra o câncer, contra as infecções, etc., encontraram receptores dos mesmos tipos que os do cérebro. Em outras palavras, suas células imunológicas, as que o protegem do câncer e das infecções, estão literalmente vigiando cada um dos seus pensamentos, cada emoção, cada conceito que você emite, cada desejo que tem. Cada pequena célula T e B do sistema imunológico produz as mesmas substâncias químicas produzidas pelo cérebro quando pensa. Isto torna tudo muito interessante, porque agora podemos dizer que as células imunológicas são pensantes. Não são tão elaboradas como as células cerebrais, que podem pensar em português, inglês ou espanhol. Mas sim, elas pensam, sentem, se emocionam, desejam, se alegram, se entristecem, etc. E isto é a causa de enfermidades, de stress,câncer, etc. Quando você se deprime entram em greve e deixam passar os vírus que se instalam em seu corpo.A INTELIGÊNCIA DO SISTEMA DIGESTIVO.Há dez anos parecia absurdo falar de inteligência nos intestinos. Sabia-se que o revestimento do trato digestivo possui milhares de terminações nervosas, mas que eram consideradas simples extensões do sistema nervoso, um meio para manter a insossa tarefa de extrair substâncias nutritivas do alimento. Hoje sabemos que, depois de tudo, os intestinos não são tão insossos. Estas células nervosas que se estendem pelo trato digestivo formam um fino sistema que reage a acontecimentos externos: um comentário perturbador no trabalho, um perigo iminente, a morte de um familiar. As reações do estômago são tão confiáveis como os pensamentos do cérebro, e igualmente complicadas.A INTELIGÊNCIA DO FÍGADOAs células do cólon, fígado e estômago também pensam, só que não com a linguagem verbal do cérebro. O que chamamos “reação visceral” é apenas um indício da complexa inteligência destes milhares de milhões de células. Em uma revolução médica radical, os cientistas acessaram uma dimensão oculta que ninguém suspeitava: as células nos superaram em inteligência durante milhões de anos.A INTELIGÊNCIA DO CORAÇÃOMuitos acreditam que a consciência se origina unicamente no cérebro. Recentes investigações científicas sugerem, de fato, que a consciência emerge do cérebro e do corpo atuando juntos. Uma crescente evidência sugere que o coração tem um papel particularmente significativo neste processo. Muito mais que uma simples bomba, como alguma vez se acreditou, o coração é reconhecido atualmente pelos cientistas como um sistema altamente complexo, com seu próprio e funcional “cérebro”. Ou seja, o coração tem um cérebro ou inteligência. Segundo novas investigações no campo da Neurocardiologia, o coração é um órgão sensorial e um sofisticado centro para receber e processar informação. O sistema nervoso dentro do coração (ou o “cérebro do coração”) o habilita a aprender, recordar e tomar decisões funcionais independentemente do córtex cerebral. Além da extensa rede de comunicação nervosa que conecta o coração com o cérebro e com o resto do corpo, o coração transmite informação ao cérebro e ao corpo, interagindo através de um campo elétrico.E LEIA ISTO…O coração gera o mais poderoso e mais extenso campo elétrico do corpo. Comparado com o produzido pelo cérebro, o componente elétrico do campo do coração é algo assim como 60 vezes maior em amplitude, e penetra em cada célula do corpo. O componente magnético é aproximadamente 5000 vezes mais forte que o campo magnético do cérebro e pode ser detectado a vários pés de distância do corpo com magnetômetros sensíveis.RECOMENDAÇÕES:As investigações do Instituto HeartMath sugerem que respirar com Atitude, é uma ferramenta que ajuda a sincronizar seu coração, mente e corpo para dar-lhe uma coerência psicofisiológica mais poderosa. Ao usar esta técnica regularmente – experimente-a cinco vezes ao dia - você desenvolverá a habilidade para realizar uma mudança de atitude durável. Respirando com Atitude, você coloca o foco em seu coração e no plexo solar, enquanto respira com uma atitude positiva. O coração automaticamente harmonizará a energia entre o coração, a mente e o corpo, incrementando a consciência e a clareza.A Técnica de Respirar com Atitude1. Coloque o foco em seu coração enquanto inala. Enquanto exala coloque o foco no plexo solar. O plexo solar se encontra umas quatro polegadas debaixo do coração, justamente debaixo do esterno onde os lados direito e esquerdo da caixa torácica se juntam.2. Pratique inalar através do coração e exalar através da caixa torácica durante 30 segundos ou mais para ajudar a ancorar sua atenção e sua energia ali. Depois escolha alguma atitude ou pensamento positivo para inalar ou exalar durante esses 30 segundos ou mais. Por exemplo, você pode inalar uma atitude de estima e exalar uma de atenção.3. Selecione atitudes para respirar que lhe ajudem a compensar as emoções negativas e de desequilíbrio relacionadas com as situações pelas quais você está passando. Respire profundamente com a intenção de dirigir-se ao sentimento relacionado a essa atitude. Por exemplo, você pode inalar uma atitude de equilíbrio e exalar uma atitude de misericórdia, ou pode exalar uma atitude de amor e exalar uma atitude de compaixão.4. Pratique diferentes combinações de atitudes que você queira desenvolver. Pode dizer em voz alta: “Respiro Sinceridade, Respiro Coragem, Respiro Tranqüilidade, Respiro Gratidão” ou qualquer atitude ou sentimento que você queira ou necessite. Inclusive, se você não sente a mudança de atitude a princípio, mesmo fazendo um esforço genuíno para mudar, ao menos lhe ajudará a alcançar um estado neutro, no qual você terá mais objetividade e poupará energia.
O QUE LHE PARECE? OS ANCESTRAIS TINHAM RAZÃO? O QUE VOCÊ ACHA?
JORGE CARMONATraduzido para o português: Eleonôra

domingo, 27 de setembro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 01/10, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 24/09, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Esperamos vocês carinhosamente,Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979

domingo, 30 de agosto de 2009


Quando estamos no centro naturalmente fazemos contato com nossas necessidades e ficamos com o essencial. Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 10/09, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
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domingo, 23 de agosto de 2009

O Universo está em contínuo movimento e por isso cheio de possibilidades.
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 27/08, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
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Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Desde o período neolítico, imagens femininas eram moldadas em pedra, osso ou argila, com ancas corpulentas, a barriga proeminente e madura com vida nova, e seios enormes, ricos de alimento. Tais figuras representavam a Mãe Terra que continha o mistério da vida regeneradora.. Ainda havia pouca diferenciação nessa representação de abundância, como demonstra a falta de traços faciais, de mãos e pés.
À medida que a civilização se desenvolveu, a Mãe Terra cessou de ser singularmente identificada com fertilidade e passou a ser associada à deusa do amor e da paixão. O olho do artista, então, contemplou com uma espécie adicional de beleza as formas femininas. Os traços delicados de O Nascimento de Vênus, de Botticelli, por exemplo, ou as séries da provocante Vênus pintadas por Cranach, representam a simetria e a proporção do elegante corpo feminino despudoradamente sensual. Pés e mãos graciosos, com dedos esbeltos, afilados, e rosto vivo caracterizam a imagem da deusa do amor criada por artistas na forma de mulher humana. Além da beleza física, essas imagens refletiam uma constituição mental de paz e uma integridade calma.
Por meio dessa imagem arquetípica, a figura sensual da deusa do amor, a mulher individualmente pode vir a tornar-se consciente de sua natureza feminina divina. Sua natureza humana, baseada nos atributos da deusa, personificada na prostituta sagrada, pode então alcançar relacionamento responsável e válido com aquele aspecto divino.
Manter relacionamento correto com a deusa não é empenho fácil. A história da atitude humana para com a deusa deixou sua marca na psique das mulheres de hoje. Nos tempos antigos, a deusa era “venerada”. Mais tarde, mudanças nas tradições religiosas redundaram na perda da reverência em relação à deusa e às prostitutas sagradas, que eram as suas sacerdotisas. Com o advento da religião patriarcal e a conseqüente perda da reverência pela deusa, o desenvolvimento consciente da mulher ficou consideravelmente bloqueado. Lentamente ela passou a cultuar deuses feitos por homens; os valores dos homens tornaram-se os seus valores; as atitudes dos homens que justificavam a subordinação da mulher tornaram-se os seus valores.
Obliterado juntamente com a deusa ficou o conceito da mulher como “uma-em-si-mesma”, uma pessoa íntegra; a mulher se definia exclusivamente em termos de sua relação com o homem. Ela definia sua castidade pelo eco dos critérios masculinos, racionais e físicos, como prescreviam as leis dos homens, enquanto negavam a castidade de sua alma. Embora isso fosse contrário à sua essência feminina interior, a mulher via a si mesma como inferior, papel que ela aceitou até bem recentemente.
A perda do relacionamento com a deusa gerou insatisfação; sem percepção consciente de si própria, as maneiras pelas quais a mulher pode exprimir sua natureza instintiva ficam extremamente limitadas. A mulher precisa redescobrir o significado da deusa para que o aspecto dinâmico da imagem, agindo como padrão de comportamento, possa ter papel ativo na formação, regulação e motivação da consciência feminina. Jung sustenta que
a realização e a assimilação do instinto nunca se dão...pela absorção dentro da esfera instintiva, mas apenas através da integração da imagem que significa e, ao mesmo tempo, evoca o instinto, embora em forma bem diferente da que encontramos a nível biológico.
A imagem da deusa, associada à beleza física do corpo feminino, ativa energias arquetípicas relativas ao amor, à paixão, e à capacidade de relacionamento. A mulher que honra esses sentimentos chega a compreender e a valorizar a prostituta sagrada encarnada em sua própria personalidade,
A diferença entre a mulher psicologicamente imatura (a virgem) e a mulher psicologicamente madura (independente da idade), é que a primeira quer que o amor a sirva, enquanto a última escolhe servir ao amor, isto é, à deusa. Na mulher madura, os instintos sexuais biológicos são usados de maneira tal a honrar o Si-mesmo, e não pelo poder ou por gratificação pessoal. A paixão do ato sexual pode, assim, ser experimentada como física e espiritual ao mesmo tempo.
A negação prolongada por parte da mulher de seu corpo e de sua sexualidade resulta na ossificação de atitudes mentais, o que é contraditório em relação à sua natureza potencialmente “virginal”. (...)
A consciência da natureza feminina começa na profunda valorização e na devoção zelosa do corpo. Qualquer que seja sua forma e seu tamanho, seu corpo é único e, portanto especial. A maioria das mulheres ainda se deixa prender na teia da propaganda que nasce do mundo do consumismo popular.
Comparando-se às outras, em vez de apreciar o que ela própria é, a mulher cria uma situação na qual a voz interna do animus negativo insinua-se sorrateiramente com crenças do tipo: “Você nunca estará à altura! Você nunca será boa (bonita, desejável etc.) o bastante!”. E todo esse tempo a mulher é mantida cativa daquilo que ela erroneamente identifica como defeitos pessoais.
Texto extraído do livro A PROSTITUTA SAGRADA - A Face Eterna do Feminino de Nancy Qualls-Corbett, Ed. Paulus - pgs. 153 a 157

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


No silêncio, o encontro com a sabedoria.
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 20/08, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
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Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979
PRESENTES

Dou-te um vazio,
dou-te uma plenitude.
Desembrulha- os com cuidado
- um é tão frágil quanto a outra -
e quando me agradeceres
fingirei não notar a dúvida em tua voz
quando disseres que são exatamente o que desejavas.

Coloca-os sobre a mesa, junto à tua cama.
Quando acordares pela manhã
eles terão entrado pela porta do sono na tua mente.
Aonde quer que vás,
eles irão contigo e
onde quer que estejas,
espantar-te-ás,
sorrindo com a totalidade
que não podes aumentar
e o vazio que não podes preencher.

Norman MacCaig

domingo, 9 de agosto de 2009


Entre o plano espiritual de perfeição e o plano material de limitação e iniciação, estamos sempre criando em nossas vidas as circunstâncias e condições que nos ajudarão a enxergar a nós mesmas com mais clareza.
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 13/08, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979
"Não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si mesmo sem ter sido superado.
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.
A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar as saídas e as soluções. Sem crises não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar da crise é promovê-la e calar-se na crise é exaltar o conformismo. Em vez disto, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
Albert Einstein

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


Filtrando sonhos, construindo sonhos, manifestando vida.
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 06/08, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Esperamos vocês carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança brincando de esconde-esconde.
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode e nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
Esta mensagem é um TRIBUTO AO TEMPO. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora."

Texto extraído do Jornal O Globo 14/09/03

domingo, 26 de julho de 2009


Quando colocamos o pé no caminho, quando criamos uma base sólida, então podemos voar!!!
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 30/07, das 19:30hs às 22:30hs, na Rua José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês - R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00.
Esperamos vocês carinhosamente.
Margareth Osório - 92888800
Stella Bittencourt - 81319979

Derrote o lobo!

terça-feira, 21 de julho de 2009


No caminho da síntese e da conexão com a essência descobrimos a riqueza que guardamos em nós. Muitas vezes não a percebemos e os símbolos nos ajudam a desvendá-la.
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 23/07, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Lhe esperamos carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt – 81319979

domingo, 12 de julho de 2009


Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 16/07, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Lhe esperamos carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt - 81319979



VIVER DESPENTEADA

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora, O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique seria...
e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita...
¡A pessoa mais bonita que posso ser!
O único que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:
Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace, dance, apaixone-se, relaxe, Viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável, Admire a paisagem, aproveite, e acima de tudo, deixa a vida te despentear!!!!
O pior que pode passar é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Na vida construímos tudo aquilo que julgamos ser necessário para estarmos “seguras”, “inseridas”, etc. mas tem um momento em que precisamos de algo mais, uma conexão....
Este é o trabalho que estaremos oferecendo no próximo dia 09/07, das 19:30hs às 22:30hs, na R. José de Alencar, 630/505, Porto Alegre, RS.
Investimento: mês – R$ 188,00
se você escolher fazer somente este encontro, o valor será R$ 53,00

Lhe esperamos carinhosamente,
Margareth Osório – 92888800 e Stella Bittencourt - 81319979

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DIFÍCIL ARTE DE SER MULHER

Frei Betto

Hours concours em Cannes, um dos filmes de maior sucesso no badalado festival francês foi “Ágora”, direção de Alejandro Amenabar. A estrela é a inglesa Rachel Weiz, premiada com o Oscar 2006 de melhor atriz coadjuvante em “O jardineiro fiel”, dirigido por Fernando Meirelles.
Em “Ágora” ela interpreta Hipácia, única mulher da Antiguidade a se destacar como cientista. Astrônoma, física, matemática e filósofa, Hipácia nasceu em 370, em Alexandria. Foi a última grande cientista de renome a trabalhar na lendária biblioteca daquela cidade egípcia. Na Academia de Atenas ocupou, aos 30 anos, a cadeira de Plotino. Escreveu tratados sobre Euclides e Ptolomeu, desenvolveu um mapa de corpos celestes e teria inventado novos modelos de astrolábio, planisfério e hidrômetro.
Neoplatônica, Hipácia defendia a liberdade de religião e de pensamento. Acreditava que o Universo era regido por leis matemáticas. Tais ideias suscitaram a ira de fundamentalistas cristãos que, em plena decadência do Império Romano, lutavam por conquistar a hegemonia cultural.
Em 415, instigados por Cirilo, bispo de Alexandria, fanáticos arrastaram Hipácia a uma igreja, esfolaram-na com cacos de cerâmica e conchas e, após assassiná-la, atiraram o corpo a uma fogueira. Sua morte selou, por mil anos, a estagnação da matemática ocidental. Cirilo foi canonizado por Roma.
O filme de Amenabar é pertinente nesse momento em que o fanatismo religioso se revigora mundo afora. Contudo, toca também outro tema mais profundo: a opressão contra a mulher. Hoje, ela se manifesta por recursos tão sofisticados que chegam a convencer as próprias mulheres de que esse é o caminho certo da libertação feminina.
Na sociedade capitalista, onde o lucro impera acima de todos os valores, o padrão machista de cultura associa erotismo e mercadoria. A isca é a imagem estereotipada da mulher. Sua autoestima é deslocada para o sentir-se desejada; seu corpo é violentamente modelado segundo padrões consumistas de beleza; seus atributos físicos se tornam onipresentes.
Onde há oferta de produtos – TV, internet, outdoor, revista, jornal, folheto, cartaz afixado em veículos, e o merchandising embutido em telenovelas – o que se vê é uma profusão de seios, nádegas, lábios, coxas etc. É o açougue virtual. Hipácia é castrada em sua inteligência, em seus talentos e valores subjetivos, e agora dilacerada pelas conveniências do mercado. É sutilmente esfolada na ânsia de atingir a perfeição.
Segundo a ironia da Ciranda da bailarina, de Edu Lobo e Chico Buarque, “Procurando bem / todo mundo tem pereba / marca de bexiga ou vacina / e tem piriri, tem lombriga, tem ameba / só a bailarina que não tem”. Se tiver, será execrada pelos padrões machistas por ser gorda, velha, sem atributos físicos que a tornem desejável.
Se abre a boca, deve falar de emoções, nunca de valores; de fantasias, e não de realidade; da vida privada e não da pública (política). E aceitar ser lisonjeiramente reduzida à irracionalidade analógica: “gata”, “vaca”, “avião”, “melancia” etc.
Para evitar ser execrada, agora Hipácia deve controlar o peso à custa de enormes sacrifícios (quem dera destinasse aos famintos o que deixa de ingerir...), mudar o vestuário o mais frequentemente possível, submeter-se à cirurgia plástica por mera questão de vaidade (e pensar que este ramo da medicina foi criado para corrigir anomalias físicas e não para dedicar-se a caprichos estéticos).
Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão. E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina. Melhor fomentar a mulher-objeto (de consumo).
Na guerra dos sexos, historicamente é o homem quem dita o lugar da mulher. Ele tem a posse dos bens (patrimônio); a ela cabe o cuidado da casa (matrimônio). E, é claro, ela é incluída entre os bens... Vide o tradicional costume de, no casamento, incluir o sobrenome do marido ao nome da mulher.
No Brasil colonial, dizia-se que à mulher do senhor de escravos era permitido sair de casa apenas três vezes: para ser batizada, casada e enterrada... Ainda hoje, a Hipácia interessada em matemática e filosofia é, no mínimo, uma ameaça aos homens que não querem compartir, e sim dominar. Eles são repletos de vontades e parcos de inteligência, ainda que cultos.
Se o atrativo é o que se vê, por que o espanto ao saber que a média atual de durabilidade conjugal no Brasil é de sete anos? Como exigir que homens se interessem por mulheres que carecem de atributos físicos ou quando estes são vencidos pela idade?
Pena que ainda não inventaram botox para a alma. E nem cirurgia plástica para a subjetividade.
Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cada ser humano que caminha pela face da Mãe Terra possui seu próprio caminho sagrado nesta vida. Este caminho sagrado é criado pelo entrelaçamento de muitos fios, tangíveis e intangíveis, que ligam nossas emoções, sonhos, pensamentos e experiências. O fio espiritual invisível da força vital desabrocha no momento do nascimento e nos conduz através de altos e baixos do crescimento e do aprendizado da vida no planeta Terra. Nossas vidas inevitavelmente mudarão muitas vezes de direção à medida que as experiências nos obrigam a crescer. Cada decisão que tomamos e cada mudança que ocorre em nossa percepção podem alterar o curso do nosso caminho pela vida, trazendo novas experiências ou horizontes mais largos. Cada vez que alteramos nossas prioridades, mudamos o caminho. Cada vez que nos permitimos usar a imaginação mudamos nossa visão da realidade. Cada vez que decidimos mudar de direção, desenhamos e redesenhamos nossos estilos de vida, hábitos, prioridades, necessidades pessoais e objetivos.
Do livro Dançando o sonho de Jamie Sams